segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Gouffre de Montaigu e um outro que não lembro o nome... - França

Cidade: Crosey-le-Petit
Departamento: JURA
Saída junto ao Speleoclub Chilly Masarin
Final de semana específico de aperfeiçoamento e técnica.

22 e 23 de Abril de 2005

Estivemos neste final de semana no departamento do JURA onde há um grande maciço de calcáreo na divisa da França com a Suíssa. Tratou-se de uma viagem com poucas pessoas (5 espeleólogos) para a visita no abismo de Montaigu com seus -385m de profundidade.

Entramos no abismo Sábado por volta das 10hs da noite e saímos por volta das 17hs. O intuito foi de aperfeiçoamento e treinamento vertical em um abismo mais profundo. O abismo se encontra em uma das várias dolinas de uma didatica seqüência em linha reta no alto de uma colina calcárea. Descemos até -250m quando resolvemos voltar antes de entrar em uma rede labiríntica vertical que leva até o ponto mais profundo da cavidade. Após a entrada em meio a raiz de uma árvore encontra-se um lance de 35m seguido por uma vasta sala que dá acesso a lindos lances dos quais os 2 primeiros são bastante amplos (55m e 40m, diretos). Montaigu foi descoberto em 1913 e explorado por completo em 1932 por espeleólogos de Pays de Montbéliard. Vale a pena a visita.


No Domingo passamos por um outro abismo da região o qual não sei o nome. Descemos até – 65m onde encontramos uma rede de galerias apertadas em meio a muita lama. Encontramos 3 outros grupos de espeleólogos neste abismo. Pela primeira vez na França pude observar um verdadeiro congestionamento vertical de espeleólogos e cordas. Também valeu a visita apesar da falta de informação sobre o abismo.

Também tive a oportunidade de observar pela primeira vez na prática a equipagem através de cordonetes de dynema de 6 mm, técnica bastante utilizada pelo grupo em equipes pequenas como nesta ocasião. Outra prática que tive contato pela primeira vez é o descaso sobre a teoria de ângulo nas ancoragens duplas. Segundo eles, apos vários testes realizados por fabricantes de equipamento e pela escola francesa, esta teoria não se aplica na prática, considerando entre outros fatores, a elasticidade da corda. Meses depois eu viria a confirmar isto em um estágio na própria escola francesa de espeleologia.

Dormimos em um alojamento próprio para espeleólogos (Gita espeleológica), uma hospedagem perfeita dispondo de beliches, banheiros, cozinha e um bom espaço para armazenagem e limpeza de equipamentos. E tudo isso por preços irrisórios para o padrão França. Isso sim que é incentivo!

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