Abaixo seguem algumas imagens de um mapa que produzimos há alguns anos em expedições à Chapada Diamantina.
Esta gruta, em especial, nos presenteou com grandes descobertas e resultados. A primeira delas foi uma inusitada continuação. Onde antes era o “final da gruta” conhecida pelo guia, encontramos uma pequena passagem que nos rendeu mais de 3km de continuidade. A segunda surpresa foi a conexão desta, com outra caverna vizinha, justamente obra de condutos labirínticos.
Mas talvez a descoberta mais relevante tenha sido a riqueza histórica que a caverna escondia em seu interior. Em lugares longínquos debaixo da terra encontramos ferramentas antigas, condutos escavados e inscrições datadas do século XVII. Com certeza, obras de escravos que sacrificavam suas vidas por punhados de diamantes.
Enfim, apos cansativos dias de exploração e topografia chegamos a números bastante expressivos para uma caverna neste tipo de rocha: 200m de desnível sendo o maior desnível subterrâneo da Bahia e mais de 4km de galerias subterrâneas sendo uma das mais extensas cavernas de Quartzito do Brasil.
Nota: os trabalhos nesta gruta ainda não terminaram, portanto, outras expedições devem retornar à caverna para terminar os trabalhos em condutos que ainda continuam e somar mais dados ao mapa.
Nota: os trabalhos nesta gruta ainda não terminaram, portanto, outras expedições devem retornar à caverna para terminar os trabalhos em condutos que ainda continuam e somar mais dados ao mapa.
Esta é somente uma das muitas cavernas que mapeamos neste tipo de rocha no Brasil. Outras grutas ainda estão em fase de trabalho e muitas ainda nem sequer são ainda conhecidas por espeleologos. Isto mostra que ainda temos uma infinidade de cavernas em Quartzito a serem descobertas, exploradas e mapeadas no Brasil.
Cabe lembrar que apesar da falta de formações delicadas as cavernas de quartzito são ambientes bastante instáveis, perigosos e frágeis. Instáveis pois suas rochas estão sempre “esfarelando” o que pode ocasionar em desmoronamentos e obstrução repentina de passagens durante as explorações. Perigosos pois muitas grutas são (como a do exemplo abaixo) repentinamente inundadas por água de chuva. Frágeis pois muitas destas cavernas apresentam espécies importantes, (bagres-cego, por exemplo), pouco estudados ou mesmo espécies endêmicas (exclusivas daquele ambiente).
As expedições onde foram gerados os dados acima fazem parte de um projeto idealizado pelo Instituto do Carste (www.institutodocarste.org.br)
tem uma caverna de quartzito com entrada em meu sitio em Taquaraçú de Minas MG já explorei uns 100 mts desta. será que vou encontrar água no interior desta.
ResponderExcluirMarco, quem sabe podemos ir fazer uma visita com o nosso grupo de espeleologia para fazer uma exploração a essa caverna, hein?
ResponderExcluirChama a gente no Instagram lume.espeleologia
Olá, Marco Aurélio.
ResponderExcluirQuem sabe marcamos uma visita para explorar a caverna na sua propriedade com o meu grupo de espeleologia.
Chama a gente no Instagram lume.espeleologia