Bulha D'água - final de semana de 19 e 20 de Setembro de2015
Texto: adaptado de Thomaz (VL) e Brandi
Participaram: Brandi, Fabio, Vagalume, Borboleta, Zé Guapiara, Menin e seus três Meninin do Grupo
Garantia de Espeleo Obcena (GGEO): Tom, Bia e Lucas (Rejeito).
No ensolarado sábado 19/09 chegamos no Zé, subimos no trator e fomos pro refúgio. De lá partimos pra trilha da Ribeirãozinho III, a qual em condições melhores do que o esperado (porque havíamos aberto a trilha na última viagem!). O calor, mesmo dentro da mata, estava forte, mas no caminho pudemos nos refrescar com água fresca de bambu e na gruta passamos frio, como sempre.
Uma vez
na Ribeirãozinho, fomos procurar um dos pontos onde achávamos ter uma boa possibilidade
de encontrar alguma galeria superior ao desmoronamento no final da
caverna. Procurando o ponto de escalada, acabamos explorando passagens ainda
não topografadas. Uma passagem apertada e entre blocos instáveis deu acesso a continuações em várias direções. Um dos caminhos seguia subindo junto à
parede da gruta, mas não se desenvolveu por muito, ficando estreito demais. Do
outro lado, as possibilidades aumentaram e blocos maiores formaram salões e
passagens mais amplas. Resolvemos topografar o caminho do rio até este salão,
deixando para explorar melhor as passagens em uma próxima viagem. Foi
encontrado neste local um abismo com cerca de 10m livres, 25m acima do nível do
rio. Esta
galeria entre blocos leva a região oposta da galeria do rio (margem direita) e
pode representar uma possibilidade interessante de desenvolvimento da caverna.
Para uma
próxima viagem, existem duas boas opções: uma galeria a 30 metros de altura do rio (acessada
somente através de escalada) e as continuações em meio ao abatimento (descrita
acima).
Na manhã
nublada de domingo, fomos topografar a gruta Jerivazal, parcialmente explorada
mas sem topo. Enquanto uma equipe seguiu a topografia, os outros integrantes
foram bater morro acima nos blocos visíveis. Eram muitas entradas apertadas,
todas seguindo para baixo. Uma pequena cavidade sem continuação, e outra com um
desnível -86 de uns 6 metros inexplorada. A topo da gruta revelou um salão
superior com desmoronamentos e continuação para cima, provavelmente ligando com o
desnível superior encontrado. Também ficou pra próxima.
A Jerivazal é uma surpresa,
sempre foi desprezada pela sua nada convidativa entrada, entre blocos, teto
baixo e rastejando pelo rio gelado... Mas abriram-se algumas possibilidades
atrativas. Vale o esforço de insistir uma vez que o rio Jerivazal se
conecta a Buenos I a quase 700 metros de distancia pela superfície. A parte
ruim e que a gruta corre no contato e por baixo de um canion com diversos
abatimentos. Mas gruta é gruta e quem é velho de guerra sabe que a surpresa
pode estar escondida atrás de uma tênue sombra ou uma pedra a se deslocar....
Na
trilha de volta sol, jararaca e banho de rio nos macacões.
Incrível o relato! Me senti de volta ao convívio espeleotemático! Espero em breve poder contribuir novamente com os trabalhos!
ResponderExcluirSaudade Vagalume, Brandi, Iscoti e Cia ltda!
Saludos, Genja (Vulgo Laranja)