por Daniel Menin
Havíamos marcado de retornar na caverna do Agenor na primeira oportunidade. Os objetivos principais eram descer e topografar o poção antes do grande conduto, topografar os condutos laterais deixados no lado da direita do grande conduto, averiguar melhor a parede de escorrimento no final da área da esquerda e continuar os condutos inferiores de lama. Bastante trabalho para um só dia de caverna (Sábado).
A equipe praticamente se manteve a mesma da última viagem com exceção do Chico e do João mergulhador, que não puderam comparecer, e com a presença do César que viajou conosco após a reabilitação de sua cirurgia no ombro esquerdo.
Chegando na caverna nos dirigimos diretamente até o Poção. Um pouco antes, porém, iniciamos a desobstrução de um pequeno acesso a um conduto superior no “salão carioca”, porém deixamos para continuar esta investida em outra viagem.
Enquanto eu e o Dennys desobstruíamos este conduto, o Marcos bateu um spit e montou a ancoragem para descer o poção. Desceram ele e a Renata na frente e logo desapareceram, o que apontava continuações. Uma vez de volta resolvemos topografar a descida e as continuações. Deixamos nossas mochilas no fundo do poção e seguimos topografando por um estreito conduto de teto baixo. Este conduto acessou mais um salão de tamanho animador. Sabíamos que estávamos entre o grande conduto e todo o restante da caverna e que não tínhamos muito espaço para grandes continuações, mas mais uma vez os condutos continuavam. Estava difícil de entender. Este salão estava dividido entre uma área mais acima, entre grandes blocos desmoronados e uma área inferior, com muita lama. Estranhamente encontramos alguns ossos de morcegos em locais bastante improváveis. Apesar do tamanho do salão os condutos em suas extremidades terminaram seja em apertados desmoronamentos, seja em obstrução de argila e sedimentos.
Terminada a topografia desta área voltamos ao poção e rumamos para o grande conduto. Fechamos todas as continuidades laterais - nenhuma delas realmente continuava - e seguimos para a parte inferior da área da esquerda. Forçamos um pouco a parede de escorrimento e seguimos para a parte mais profunda desta área. Topografamos os condutos de lama e deixamos 2 continuidades de potencial. Uma delas é o grande “ralo” no salão das lamas e a outra é no meio do desmoronamento da extremidade esquerda. Ambos os pontos precisarão de corda e equipagem de vertical.
A cada dia as continuidades ficam menos prováveis e difíceis, o que nos aponta que ainda gastaremos algumas viagens e muito suor para terminar o mapa. Por outro lado a caverna foi até agora toda descoberta através destas passagens improváveis o que nos aponta que não podemos prever um término tão próximo.
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