(Texto Ezio Rubbioli)
Acabamos de voltar de São Domingos em Goiás onde continuamos o mapeamento do sistema São Mateus –Imbira; a ultima das grandes cavernas da região que ainda não teve o seu mapeamento refeito. A exploração e topografia inicial foram realizadas pelo CEU – Centro Excursionista Universitário de São Paulo na década de 70, sendo identificados 5 segmentos do sistema batizados de Matildes. A maior delas (Matilde III) somou na época mais de 10 km restando inúmeras galerias superiores a serem devidamente verificadas.
Acabamos de voltar de São Domingos em Goiás onde continuamos o mapeamento do sistema São Mateus –Imbira; a ultima das grandes cavernas da região que ainda não teve o seu mapeamento refeito. A exploração e topografia inicial foram realizadas pelo CEU – Centro Excursionista Universitário de São Paulo na década de 70, sendo identificados 5 segmentos do sistema batizados de Matildes. A maior delas (Matilde III) somou na época mais de 10 km restando inúmeras galerias superiores a serem devidamente verificadas.
O Bambuí iniciou os trabalhos de topografia em São Mateus no ano de 2000, sendo na época retopografados cerca de 6 km, quase que totalmente na Matilde II (o segundo maior segmento do sistema). Este ano ficamos 10 dias na região com uma equipe de 15 pessoas e conseguimos acrescentar mais 10,6 km na topografia, sendo 9,9 km na Matilde III e 700 metros na Matilde II. Além disso, encontramos uma passagem no meio a um grande desmoronamento que permitiu a conexão da Matilde III com a Matilde I (ressurgência do sistema). Esta ligação havia sido descartada nas explorações iniciais da década de 70 onde os espeleólogos foram barrados por um sifão. Com isso devemos acrescentar na Matilde III pelo menos 1 km de novas galerias além de estabelecer um acesso rápido e fácil às galerias mais distantes (anteriormente eram necessários pelo menos 4 a 5 horas utilizando a entrada principal do sistema só para chegar ao fundo).
Este mapeamento faz parte do projeto de reedição do livro “As Grandes Cavernas do Brasil”. Nos últimos 12 meses já formam topografados mais de 62 km de galerias nas grutas Sem Fim, Brejões, Torrinha e agora na São Mateus. Ainda este ano devemos finalizar o mapa da Torrinha e São Mateus sendo que na ultima devemos retornar em setembro. Para o final de 2013 estamos planejando uma expedição a Ourolândia para finalmente topografar a Toca dos Ossos, sem dúvida uma dos maiores labirintos do Brasil e que tem potencial para superar a marca dos 15 km.
Obs: Todas as medidas apresentadas acima são referentes a soma das visadas. A projeção horizontal real só deve ser confirmada depois de confeccionado o mapa. Abaixo segue a linha de trena da Sistema São Mateus com todos os dados atuais.