Demorou, mas voltamos ao Abismo Los Três Amigos. No último final de semana, dia 17 de julho, Brandi, Cesinha, Ezio e eu caímos na estrada rumo à Guapiara.
Fazia frio e chovia o bastante para nos preocuparmos com o rio na caverna, uma enchurrada poderia causar muita confusão.
Fazia frio e chovia o bastante para nos preocuparmos com o rio na caverna, uma enchurrada poderia causar muita confusão.
Da entrada do abismo soprava um vento forte e quente e logo, literalmente, escorregávamos para dentro pelas cordas enlameadas.
Não demorou para eu descobrir o por quê do voo livre, realmente impressiona o vazio negro à frente. Descer no meio do salão com as paredes a dezenas de metros e os pequenos pontos de luz dos outros lá embaixo não nos deixam sossegado.
Chegamos ao ponto em que a equipe anterior havia parado por falta de corda. Descemos e continuamos pela galeria do rio sem dificuldades, apesar da correnteza que nos fazia lembrar da chuva a todo momento. Parecia que a conexão com a Ribeirãozinho III era questão de tempo. Até que um desmoronamento acabou com a nossa animação.
Faltou explorar uma promissora galeria superior, que deve, ao menos, nos premiar com boas descobertas e quem sabe até nos levar ao outro lado. Como tudo na região, nada vem fácil e ainda teremos de encarar o abismo algumas vezes até conseguir encontrar outro provável acesso.
A volta foi sofrida, não bastasse o cansaço da semana de trabalho acumulado ainda tinha de brigar com meu equipamento desregulado e minha maldita mochila pesada. Fora a lama acumulada nas cordas e equipamentos.
O frio da madrugada estava ainda mais forte e a garoa e o vento só pioravam a volta pela trilha. Não havia o Zé com seu trator para nos levar e o mundo estava torto pro nosso lado, era só subida. A saída foi não pensar no caminho e apertar o passo.
Chegamos perto das 3h da manhã, com o Zé nos esperando, como sempre. A cada minuto uma alegria. Banho quente, roupa quente, comida quente, cama quente.
O frio da madrugada estava ainda mais forte e a garoa e o vento só pioravam a volta pela trilha. Não havia o Zé com seu trator para nos levar e o mundo estava torto pro nosso lado, era só subida. A saída foi não pensar no caminho e apertar o passo.
Chegamos perto das 3h da manhã, com o Zé nos esperando, como sempre. A cada minuto uma alegria. Banho quente, roupa quente, comida quente, cama quente.
Não choveu o suficiente para nos atrapalhar, mas percebemos o quanto é perigoso uma enchurrada na galeria do rio. O frio também preocupa, principalmente nos momentos de espera para entrar na corda. Agora é entrar em forma, arrumar a tralha e voltar pra continuar os trabalhos pois a caverna ainda promete muito.
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