Com três membros do Western Australia Speleological Group (WASG) e um Ranger do Departamento de Parks and Wild Life. O objetivo foi o de analisar o caminhamento interno, áreas vulneráveis à visitação e medir a entrada para a colocação de um portão para sua conservação. Em cavernas com conjunto de espeleotemas vulneráveis, fósseis etc, o fechamento como precaução contra a depredação é considerado uma alternativa.
É interessante notar a preocupação dos espeleólogos da Austrália com a conservação das cavernas desde a primeira exploração e posteriormente com os trabalhos subsequentes. No início são definidos um caminhamento e as áreas a serem evitadas (vulneráveis ou de risco para o visitante). Todas as saídas são limitadas a 6 ou 4 integrantes, quando a caverna é mais vulnerável ou há passagens mais demoradas como cordas ou muitos quebra-corpos e todos respeitam as regras.
Esta caverna foi descoberta há poucos anos durante uma prospecção que identificou um soprador entre blocos e teve a entrada de cerca de 50x50 cm desobstruída. Após um abismo de cerca de 10m dá acesso à caverna que se desenvolve por aproximadamente 800 m. Com salões amplos e trechos com desníveis de cerca de 15m na porção central e uma sequência de tetos-baixos em rocha muito friável até um desmoronamento intransponível no trecho final.
A caverna se destaca das demais conhecidas na região pelos conjuntos de espeleotemas e por estar praticamente em estado natural, com visita de pouco mais de 20 espeleólogos até então, segundo o pessoal do WASG. Canudos de mais de 4 m, estalactites e estalagmites com coloração bege / amarelada, represa de travertino com cristais e pequenos lagos com jangadas compõe a decoração da caverna.
Esta caverna abre uma animadora possibilidade de existência de outras na região, porém a prospecção é difícil devido a vegetação fechada e cheia de espinhos (bush) e a inexistência de feições superficiais que denunciem as entradas. O pessoal aqui costuma aproveitar as queimadas, naturais nesta vegetação, para procurar cavernas.