Retornar
a Caverna do Agenor depois de oito anos da descoberta foi uma grande emoção.
Uma máquina do tempo que nos fez reviver as sensações vividas nos trabalhos de
exploração e topografia.
Esta viagem tinha como objetivos a documentação fotográfica de
áreas visitadas somente na ocasião da topografia, quando não foi possível se dedicar as fotos. Tínhamos também a intenção de voltar em regiões remotas da caverna, exploradas uma só vez e
sem muito empenho. A distância, as dificuldades técnicas e a vontade de fazer
tudo com calma nos levou a organizar um bivuaque, entrando na caverna Sábado de
manhã e saindo no Domingo a tarde.
A atividade contou com a participação de 4 espeleólogos, dos quais 3 fizeram parte da história de exploração da gruta.
Foi emocionante chegar nos lugares mais distantes e encontrar a caverna
exatamente como estava em nossa memória. Cada passagem, cada escalada, cada
rappel. Tudo repleto de lembranças e história.
Em uma região central, deixamos o mapa e uma carta a espeleólogos
do futuro.
A Caverna do Agenor foi descoberta durante o projeto Paçoca e
Arredores, que mapeou grutas importantes da região do Lajeado (PETAR), sobre o aquífero cárstico do Córrego Fundo. Uma equipe chegou na entrada da gruta quando procurava um acesso alternativo para a caverna Paçoca. Logo na primeira
exploração, os espeleólogos se surpreenderam com o tamanho e diversidade da caverna. O nome é uma homenagem ao Sr Agenor, dono e morador da terra onde a gruta se
encontra. A caverna teve seu mapa produzido entre 2006 e 2008. Com
cerca de 4km de linha de trena e uma morfologia de condutos e salas fósseis em
diferentes níveis, é uma importante caverna da região. Todo o
material produzidos durante as atividades de exploração encontra-se em
documento entregue aos órgãos competentes. Os relatos e fotos das atividades,
estão publicados aqui neste mesmo site.
(Fotos: Daniel Menin, Marcos Silverio e Carlos Grohmann)