A imagem foi feita durante uma expedição na BatCave Urubu, no Estado do Rio Grande do Norte. Dezenas de milhares de morcegos usam a gruta para se proteger e a entrada dos espeleólogos fez com que eles começassem a voar, todos juntos.
sábado, 15 de fevereiro de 2025
Foto de caverna do Rio Grande do Norte vence concurso internacional de fotografia
A imagem foi feita durante uma expedição na BatCave Urubu, no Estado do Rio Grande do Norte. Dezenas de milhares de morcegos usam a gruta para se proteger e a entrada dos espeleólogos fez com que eles começassem a voar, todos juntos.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025
Curso de Espeleofotografia
Daniel Menin - 55.11. 98152-0088
Instagram: danieldsmenin
domingo, 2 de fevereiro de 2025
O que os sedimentos nas cavernas podem nos contar sobre o passado?
Como era o clima há algumas dezenas de milhares de anos atrás? Como era a vegetação e a fauna onde esta caverna está localizada?
Costumo dizer que cavernas são como máquinas do tempo. Ao explorar esses ambientes, exploramos também o passado.
As fotografias abaixo foram realizadas durante uma expedição científica às cavernas de Iraquara, Bahia, na Chapada Diamantina. O objetivo da viagem foi a observação e coleta de sedimentos para pesquisas sobre os paleoambientes daquela região. Através de datações radiométricas nos cristais de quartzo contidos nestes sedimentos é possível saber quando essa "areia" foi trazida para dentro da caverna por grandes inundações. Junto com ela, uma série de informações dos paleoambientes também podem ser extraídas.
Datações radiométricas calculam o decaimento radioativo de alguns minerais ao longo dos anos, como o quartzo. Através dela, é possível saber quando esses minerais receberam os últimos raios solares. Existem também as radiações cosmogênicas, elas conseguem identificar em minerais (como o Berilo, por exemplo) a radiação que eles receberam vinda do universo profundo. Sim, porque não é somente o sol que emite radiações, mas as estrelas também.
A pesquisa de sedimentologia realizada na região faz parte de uma parceria entre o Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP), a Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) e a Universidade do Vale do São Francisco (UNIVASF).
Testes, cavernas e fotos
Recentemente fizemos uma viagem ao PETAR, SP para testar novos produtos da Mono Equipamentos.
Foi uma ótima cavernada, junto com o amigo Herman, fabricante raíz de mochilas, cintos e macacões.
Testamos atributos como peso, durabilidade, vazão de água e conforto e, também, aproveitamos os dias para também fazer algumas fotos. As conclusões não foram somente que os produtos são ótimos, com cortes mais modernos e bem acabados, mas também que o Hermann dá pra um ótimo modelo ;-)
Abraços!
Daniel
segunda-feira, 24 de junho de 2024
Exposição no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu traça uma história de 600 milhões de anos atrás à um futuro impactado pelas mudanças climáticas
Quem já visitou o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu certamente se deparou com o Centro de Visitantes, um espaço amplo e bem construído na entrada do parque.
Em janeiro de 2021, um projeto foi concebido para aproveitar este espaço e construir uma exposição permanente sobre o parque. Com o apoio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (ICMBio/Cecav), por meio do Termo de Compromisso de Compensação Espeleológica (TCCE/2018), e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto foi desenvolvido e executado por uma equipe de profissionais de diversas áreas do conhecimento.
Infelizmente, um dos idealizadores e maiores entusiastas da exposição, Luís Beethoven Piló, veio a falecer pouco depois da aprovação do projeto. Em homenagem e reconhecimento de sua relevância para a criação do parque, foi a ele atribuído o nome da exposição.
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Palestra de abertura da exposição para pesquisadores, condutores e população local |
Conteúdo:
A exposição está dividida entre duas áreas de visitação: o Centro de Visitantes Principal e o Centro de Visitantes Janelão. Nestes locais, os visitantes são conduzidos por diferentes temas relacionados à origem do Vale do Rio Peruaçu e suas principais características geológicas, biológicas e ocupação humana, desde os tempos pré-históricos até os desafios climáticos e sociais atuais.
Na curadoria e gestão do conteúdo, procurou-se integrar o conhecimento científico mais recente com os saberes locais, apresentando informações e depoimentos coletados junto às comunidades regionais.
Uma ampla equipe multidisciplinar de conteúdo científico foi formada com pesquisadores de diferentes laboratórios e universidades.
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Espaço de acolhimento, no Centro de Visitantes Principal, com vídeos e imagens da população local. |
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Espaço de conteúdo científico, no Centro de Visitantes Janelão. Paineis e amostras remontam de 600 milhões de anos até os desafios ambientais atuais. |
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Desenho do perfil do Janelão com "descoberta" de animais "escondidos" ao longo da caverna. |
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Peças arqueológicas com artesanatos atuais em ordem cronológica demonstram a evolução no uso da cerâmica local. |
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Nicho com espeleotemas e anel de árvore ilustrando a conexão entra os trabalhos de paleoclima e dendrocronologia |
Processo participativo:
Durante todo o processo, da criação à montagem da exposição, foi incentivada a participação das comunidades locais. Reuniões com diferentes grupos sociais, depoimentos, consultas e contratação de mão de obra regional foram constantes, fazendo desta exposição uma realização construída por muitas mãos.
As estruturas mais importantes para abrigar o conteúdo, por exemplo, foram construídas por artesãos e serralheiros locais. O trabalho de trança com palha é reconhecidamente uma especialidade de longa data no Vale do Peruaçu. Este conhecimento, transmitido de geração em geração, agora está presente nas estruturas que sustentam as obras apresentadas.
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Processo de criação e montagem, com reuniões e participação das comunidades locais. |
O projeto foi coordenado pelo Professor Francisco William da Cruz Jr (Chico Bill) e o doutorando Daniel Menin, ambos do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP).
Em destaque, além dos painéis no Centro de Visitantes Janelão, uma maquete tridimensional apresenta projeções com trilhas, cavernas e outras características da região, incluindo mudanças na vegetação ao longo das estações climáticas.
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Maquete tridimensional com diferentes projeções ajudam em aulas, palestras e discussões sobre a região, |
A exposição contou ainda com a doação de inúmeros documentos, fotografias, mapas, amostras, réplicas, equipamentos, livros e conteúdos históricos sobre a região.
Agradecimentos especiais ao Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), à Dayanne Ferreira dos Santos Sirqueira, gestora da Unidade de Conservação, ao Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), Instituto de Geociências (IGc-USP), ao Grupo de Espeleologia Meandros que prontamente cedeu mapas de cavernas da região, ao Projeto Luzes na Escuridão, à Universidade Federal de Minas Gerais (departamentos de Arqueologia e História) e à Universidade Federal de Lavras (Centro de Estudos em Biologia Subterrânea – CEBs-UFLA).
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Momento de abertura da exposição no Centro de Visitantes Principal
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Palestra de abertura |
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Apresentação de vídeo inaugural com Augusto Auler e Luís Beethoven Piló |
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Desenho do Perfil do Janelão feito por Vitor Moura |
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Área expositiva no Centro de Visitantes Janelão |
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Área expositiva no Centro de Visitantes Janelão |
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Apresentação de vídeos no Centro de Visitantes Janelão |
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Apresentação da maquete tridimensional |
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Os professores André Prous e Francisco W da Cruz Jr sobre a maquete tridimensional. |
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Augusto Auler em vídeo sobre a história da espeleologia no Vale do Peruaçu |
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Pesquisadores, autoridades e povo local interagem durante evento de inauguração |
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Daniel Menin, Maria Souza, Renata Andrade e Fox reunidos durante evento de inauguração. |